CAÇARELHOS CONTINUA DE LUTO

28/11/2011

FALECEU
LUCÍLIA DA CONCEIÇÃO TOPETE

1923 ***** 2011

MÃE/ SOGRA DE JOSÉ VENTURA


O CORPO ENCONTRA-SE EM CÂMARA ARDENTE A PARTIR DAS 12 HORAS NA IGREJA DA CHARNECA DE CAPARICA, O FUNERAL REALIZA-SE NA 4.ª FEIRA DIA 30/11/2011 ÀS 10.30 H. PARA O CEMITÉRIO DE VALFLORES NO FEIJÓ

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Embora não tendo nascido em Caçarelhos, habituou-se a ver, conhecer e falar com gentes de Caçarelhos. Nascida em Carviçais, mas desde 1973 que visitava Caçarelhos, se bem que de passagem. Porém há cerca de vinte anos que todos os anos passava o mês de Agosto em Caçarelhos juntamente com a filha, genro e netos, tendo até feito amizades na terra que o destino lhe proporcionou atravês do casamento da filha em Caçarelhos. Daí que eu possa dizer que a tia Lucília também se sentia de Caçarelhos.
Chegou a hora dela e só nos resta pedir um cantinho junto de Deus.

RETALHOS DAS GENTES DE CAÇARELHOS

Um certo dia, em Vila Chã da Ribeira, os tios Joaquim Ventura, Luís Preto e José Luís Garcia, andavam a trabalhar em casa da tia Aida a fazer o assento e roda do pisão no canal do moinho para pisar o pardo.
A tia Aida tinha o poleiro das pitas precisamente em cima do local onde os três obreiros estavam a fazer o pisão.
Entretanto, o galo, faz uma bruta galinhaça em cima da ferramenta dos carpinteiros!
O tio Joaquim Ventura não gostou e, com a régua deu uma mocada na cabeça do galo, caindo redondinho no chão e em cima da ferramenta.
Entretanto os três, fartos de ao almoço só comerem pão e batatas cozidas, (pois a carne e o bacalhau estavam no soto!)
Se bem o pensaram, melhor o fizeram. Pegaram no galo, e foram levá-lo à tia Aida dizendo:
- Tomai, este galo, caiu agora mesmo do poleiro para cima da roda do pisão!... Então como morreu perguntou ela!
-Morreu do mal da régua! Respondeu o tio Luís Preto!...Em Caçarelhos tem morrido muitas pitas com esse mal e chamam-lhe o mal da régua!...
A tia Aida muito inocente, acreditou e preparava-se para enterrar o galo. Contudo, os três, com uma grande descontracção disseram:
- Não tia Aida, não o enterre, nós comemo-lo, pois os ciganos também os comem e eles não morrem por comer as pitas e porcos que morrem com a malina.
Convencida na inocência a tia Aida acreditou e, então fez-lhe o almoço, mas desta vez com carne do galo que morreu do mal da régua, acompanhado com batatas cozidas.

N.B. Este relato foi do tio Horácio, que por vezes também fazia parte do grupo de carpinteiros e que atesta esta história ser verídica.
Infelismente os três intervenientes já nos deixaram, mas felizmente, e oxalá ainda por muitos anos, pessoas que nos vão relatando estas histórias, que a todos com saudade nos fazem lembrar nossos antepassados. Obrigado tio Horácio Vicente pelo seu testemunho.

CAÇARELHOS MAIS POBRE



FALECEU EM 20/11/2011 AMADO AUGUSTO PIRES
O ano de 2011 tem sido para Caçarelhos terrível. O destino já lhe tirou mais de uma dezena de amigos vizinhos e conterrâneos. O Amado foi mais um que nos deixou, ainda novo, mas a nossa vida na terra é uma simples passagem e quis Deus chamá-lo para Si, privando-nos a nós que ainda cá vamos ficando, da sua companhia. O Amado era bom rapaz, e estou certo que morreu em paz e está bem. Para a Nicolet, filhos e toda a Família,envio em meu nome e toda a minha família as mais profundas e sinceras condulências.

OS TRÊS ARTISTAS

A GARRAFA DA TIA LIGUÉRIA

Certo dia, por volta dos anos 50, Horácio Vicente, José Maio e Joaquim Ventura, foram trabalhar à jeira para a povoação de São Joanico, Andavam a reparar o telhado da casa do tio Miranda e tia Liguéria, que numa parte da casa tinha uma pequena taberna.
Normalmente, no trabalho de carpinteiros, um deles ocupava-se de fazer o almoço também para os outros, e à hora do almoço pediam à tia Liguéria uma garrafa de vinho, para os três. A garrafa era sempre a mesma, cheia de surro que se não reconhecia a cor nem se tinha ou não vinho, dado estar tão encrustada quer no interior que no exterior.
Era habitual por aquelas aldeias fronteiriças encontrar os contrabandistas que vendiam entre outras coisas, alperagatas, caçoilos, e garrafas.
Um dia pensaram dar a volta à tia Liguéria e Joaquim Ventura ao aperceber-se que o contrabandista estava na povoação, foi à ribeira com a garrafa e, com água e areia lavou a garrafa, tendo esta ficado cristalina da cor transparente, parecia nova.
Este, à hora do almoço, como era habitual de todos os dias, pediu à tia Liguéria que lhe enchesse a garrafa de vinho.
Esta disse:
- Mas esta garrafa não é a minha!...
- Pois não respondeu Joaquim Ventura! A vossa partiu-se ontem cheia de vinho. E como passou por aqui o Pep “contrabandista” compramos-lhe esta.
- Então quanto vos custou?
- Custou duas coroas!...
Então a tia Liguéria, deu-lhe as duas coroas e a garrafa cheia de vinho.

N.B.- História contada de viva voz por um dos intervenientes, de se nome Horácio Vicente dos três felizmente ainda vivo. Para ele vai o meu abraço.

CAÇARELHOS 2011 "Jantar Comunitário"

Foi no passado dia 14 de Agosto de 2011 quereuniu a Comunidade de Caçarelhos, como já vem sendo habitual na véspera da Festa de Nossa Senhora da Ascenção. Cerca de trezentos conterrâneos responderam ao apelo feito pelo Mordomo e Anfitrião Licinio Vicente, quadjovado por tr~es excelentes cozinheiros que se esmeraram a confeccionar a ementa. Eram eles Luís Zé Ventura, Zé Domingues e António Emílio Raposo, auxiliados pelos aspirantes a cozinheiros António Machado, Emílio Veiga, Bernardina e Ana Rosa. Que se saiba correu tudo bem, ultrapassando todas as expectativas e... "cadelas" não foram vistas no local! Para que esse dia fique nos anais da história de Caçarelhos, alguém na vanguarda captou algumas imagens, que eu vou publicar neste Blog dedicado só e só a Caçarelhos e às suas gentes. Aproveitando para enaltecer a iniciativa e dar os parabéns ao organizadores e a todos os que aderiram ao evento, convidando-vos a clicar no vidio e recordem aqueles momentos. Para todos um abraço. E vão clicando que brevemente serão publicadas mais novidades.

CASAL MONDRAGÂO BARTOLOMEU

EM PREPARAÇÂO PARA PUBLICAR BREVEMENTE