VIMIOSO "Bébés do Ano 2011"

Caçarelhos também esteve presente na cerimónia. Parabéns para Caçarelhos! Parabéns para a Bébé Laura e pais Pedro e Isabel Maria Falcão Mondragão. Parabéns para a Presidência da Câmara Municipal de Vimioso e seus mentores à iniciativa.

MENSAGEM DE NATAL

NATAL 2011 - Comissão de Caçarelhos na Área Metropolitana Lisboa

La fantasie de l Natal



L sprito festibo de la temporada de Natal nun puode muorrir-se por bias seia de l que fur.

Ten que haber siempre algue andrentro de cada un de nós, fuorças, motibaçones para pormober i eilebar esta quadra natalícia, nun solo pa ls ninos i ninas, ls mais pequeinhos, que míran i acradítan que ye neste tiempo que l nino Jasus pon ne l çapatico ou l pai-natal trai ne l saco las mais deseadas cousas queilhes mais quieren, mas tamien ls mais crecidos ténen que arranjar fuorças para nun se deixar bencir pulas remordidelas de la bida que mos metiu ne ls redadeiros tiempos.

Nun ye squecir-los, poner-los para atrás de las cuostas, naide resolbe nada squecindo seia l que fur muito menos aqueilho que ten que ser resolbido para nuosso bien de ls nuossos i de todos, até que hai bida para alhá de l Natal, mas mesmo que isto seia cumbersa feita, esta temporada festiba debe ser aporbeitada para fortalecer l’ounion de la família, tantas bezes doliente por bias de nun haber muita pacéncia para atamar las canseiras de l die a die, que mos chégan pul anfernizamiento i males dun goberno ou de la ganáncia que mos arrodeia, la falta de stima que ténen por nós.

L sprito natalício, ne l que toca als mais nuobos (aqueilhes qu’inda acradítan) dá uas buonas upas na sue formaçon psicológica i mental, dízen-lo ls specialistas, i you i la maiorie acradita i antende, que esta ambolbéncia amistosa de la fiesta de la comemoraçon de nacimiento de l Nino Jasus yé carinosa l bastante para anchir ls pequeinhos de felcidade. Assi sendo serie mui malo nun fazer i armar todo l que cuidarmos ser amportante an nuossas casas, eigreijas ou spácios públicos cun aluson l fato.

I para que esse sprito de pureza, bundade, simplecidade, hounestidade, de melhores modos chegue ls ninos i ninas, l mais de las bezes até nien ye perciso tener muito, i bibir atolhado de bienes, todo se puode fazer a la medida de l que podemos, puis to ls sabemos que l crecimiento i zambolbimiento deste tesouros se fai to ls dies, cul acunchego i l sustento que le damos siempre.

I quanto mais rial fur l Natal mais fácele será splicar todo, seia el d’abundáncia seia el mais ancolhido.

Nun me lhembro de l que recebie ne ls natales quando era garoto, hai sessenta anhos datrás éran na berdade outros tiempos, mas tamien nun tengo lhembránçias malas, sei que se botaba mais fé nas manifestaçones religiosas, l serano até la missa de l galho que era a meia-nuite, l beijar de l nino, la sagrada família, i sei que nesses dies habie muita fartura de quemer, la mesa staba siempre chena de cousas buonas i gustosas, ambora la bida que bibien ls mius nun fusse nanhun cielo na tierra, fui un nino feliç.

Para fazer la felcidade de ls ninos i de ls outros até nien ye perciso muito.

Buonas fiesta para todos, bamos fazer deste Natal un repiquete para las nuossas bidas.

CAÇARELHOS CONTINUA DE LUTO

28/11/2011

FALECEU
LUCÍLIA DA CONCEIÇÃO TOPETE

1923 ***** 2011

MÃE/ SOGRA DE JOSÉ VENTURA


O CORPO ENCONTRA-SE EM CÂMARA ARDENTE A PARTIR DAS 12 HORAS NA IGREJA DA CHARNECA DE CAPARICA, O FUNERAL REALIZA-SE NA 4.ª FEIRA DIA 30/11/2011 ÀS 10.30 H. PARA O CEMITÉRIO DE VALFLORES NO FEIJÓ

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Embora não tendo nascido em Caçarelhos, habituou-se a ver, conhecer e falar com gentes de Caçarelhos. Nascida em Carviçais, mas desde 1973 que visitava Caçarelhos, se bem que de passagem. Porém há cerca de vinte anos que todos os anos passava o mês de Agosto em Caçarelhos juntamente com a filha, genro e netos, tendo até feito amizades na terra que o destino lhe proporcionou atravês do casamento da filha em Caçarelhos. Daí que eu possa dizer que a tia Lucília também se sentia de Caçarelhos.
Chegou a hora dela e só nos resta pedir um cantinho junto de Deus.

RETALHOS DAS GENTES DE CAÇARELHOS

Um certo dia, em Vila Chã da Ribeira, os tios Joaquim Ventura, Luís Preto e José Luís Garcia, andavam a trabalhar em casa da tia Aida a fazer o assento e roda do pisão no canal do moinho para pisar o pardo.
A tia Aida tinha o poleiro das pitas precisamente em cima do local onde os três obreiros estavam a fazer o pisão.
Entretanto, o galo, faz uma bruta galinhaça em cima da ferramenta dos carpinteiros!
O tio Joaquim Ventura não gostou e, com a régua deu uma mocada na cabeça do galo, caindo redondinho no chão e em cima da ferramenta.
Entretanto os três, fartos de ao almoço só comerem pão e batatas cozidas, (pois a carne e o bacalhau estavam no soto!)
Se bem o pensaram, melhor o fizeram. Pegaram no galo, e foram levá-lo à tia Aida dizendo:
- Tomai, este galo, caiu agora mesmo do poleiro para cima da roda do pisão!... Então como morreu perguntou ela!
-Morreu do mal da régua! Respondeu o tio Luís Preto!...Em Caçarelhos tem morrido muitas pitas com esse mal e chamam-lhe o mal da régua!...
A tia Aida muito inocente, acreditou e preparava-se para enterrar o galo. Contudo, os três, com uma grande descontracção disseram:
- Não tia Aida, não o enterre, nós comemo-lo, pois os ciganos também os comem e eles não morrem por comer as pitas e porcos que morrem com a malina.
Convencida na inocência a tia Aida acreditou e, então fez-lhe o almoço, mas desta vez com carne do galo que morreu do mal da régua, acompanhado com batatas cozidas.

N.B. Este relato foi do tio Horácio, que por vezes também fazia parte do grupo de carpinteiros e que atesta esta história ser verídica.
Infelismente os três intervenientes já nos deixaram, mas felizmente, e oxalá ainda por muitos anos, pessoas que nos vão relatando estas histórias, que a todos com saudade nos fazem lembrar nossos antepassados. Obrigado tio Horácio Vicente pelo seu testemunho.

CAÇARELHOS MAIS POBRE



FALECEU EM 20/11/2011 AMADO AUGUSTO PIRES
O ano de 2011 tem sido para Caçarelhos terrível. O destino já lhe tirou mais de uma dezena de amigos vizinhos e conterrâneos. O Amado foi mais um que nos deixou, ainda novo, mas a nossa vida na terra é uma simples passagem e quis Deus chamá-lo para Si, privando-nos a nós que ainda cá vamos ficando, da sua companhia. O Amado era bom rapaz, e estou certo que morreu em paz e está bem. Para a Nicolet, filhos e toda a Família,envio em meu nome e toda a minha família as mais profundas e sinceras condulências.

OS TRÊS ARTISTAS

A GARRAFA DA TIA LIGUÉRIA

Certo dia, por volta dos anos 50, Horácio Vicente, José Maio e Joaquim Ventura, foram trabalhar à jeira para a povoação de São Joanico, Andavam a reparar o telhado da casa do tio Miranda e tia Liguéria, que numa parte da casa tinha uma pequena taberna.
Normalmente, no trabalho de carpinteiros, um deles ocupava-se de fazer o almoço também para os outros, e à hora do almoço pediam à tia Liguéria uma garrafa de vinho, para os três. A garrafa era sempre a mesma, cheia de surro que se não reconhecia a cor nem se tinha ou não vinho, dado estar tão encrustada quer no interior que no exterior.
Era habitual por aquelas aldeias fronteiriças encontrar os contrabandistas que vendiam entre outras coisas, alperagatas, caçoilos, e garrafas.
Um dia pensaram dar a volta à tia Liguéria e Joaquim Ventura ao aperceber-se que o contrabandista estava na povoação, foi à ribeira com a garrafa e, com água e areia lavou a garrafa, tendo esta ficado cristalina da cor transparente, parecia nova.
Este, à hora do almoço, como era habitual de todos os dias, pediu à tia Liguéria que lhe enchesse a garrafa de vinho.
Esta disse:
- Mas esta garrafa não é a minha!...
- Pois não respondeu Joaquim Ventura! A vossa partiu-se ontem cheia de vinho. E como passou por aqui o Pep “contrabandista” compramos-lhe esta.
- Então quanto vos custou?
- Custou duas coroas!...
Então a tia Liguéria, deu-lhe as duas coroas e a garrafa cheia de vinho.

N.B.- História contada de viva voz por um dos intervenientes, de se nome Horácio Vicente dos três felizmente ainda vivo. Para ele vai o meu abraço.

CAÇARELHOS 2011 "Jantar Comunitário"

Foi no passado dia 14 de Agosto de 2011 quereuniu a Comunidade de Caçarelhos, como já vem sendo habitual na véspera da Festa de Nossa Senhora da Ascenção. Cerca de trezentos conterrâneos responderam ao apelo feito pelo Mordomo e Anfitrião Licinio Vicente, quadjovado por tr~es excelentes cozinheiros que se esmeraram a confeccionar a ementa. Eram eles Luís Zé Ventura, Zé Domingues e António Emílio Raposo, auxiliados pelos aspirantes a cozinheiros António Machado, Emílio Veiga, Bernardina e Ana Rosa. Que se saiba correu tudo bem, ultrapassando todas as expectativas e... "cadelas" não foram vistas no local! Para que esse dia fique nos anais da história de Caçarelhos, alguém na vanguarda captou algumas imagens, que eu vou publicar neste Blog dedicado só e só a Caçarelhos e às suas gentes. Aproveitando para enaltecer a iniciativa e dar os parabéns ao organizadores e a todos os que aderiram ao evento, convidando-vos a clicar no vidio e recordem aqueles momentos. Para todos um abraço. E vão clicando que brevemente serão publicadas mais novidades.

CASAL MONDRAGÂO BARTOLOMEU

EM PREPARAÇÂO PARA PUBLICAR BREVEMENTE

Festa da Srª da Assunção

Seria imperdoável, para todo aquele, que como eu adora gaiteiros, gaitas e pauliteiros, não fazer neste Blog referência à tradicional festa que se realizou no passado dia 15 de Agosto em honra de Nossa Senhora. Foi para min uma agradável surpresa, e sinto-me honrado por ter tido o prazer de durante todo o dia ter acompanhado aquele simpático grupo das pauliteiras de Valcerto, pena foi que as pessoas de Caçarelhos, não tenham correspondido como seria de esperar, deslocando-se ao local do conserto que foi no campo de jogos na Fontázia(esta para mim a única nota negativa). O resto tudo correu pelo melhor. Assim, para que todos quantos não poderam marcar presença na Fontázia, plublico alguns vídios, que estou certo irão dizer! ora bolas porque não fui até lá!


CAÇARELHOS RURAL

Com cerca de vinte vacas, um boi e alguns vitelos provenientes da criação própria no estábulo, Diamantino Alves e Esposa Assunção Domingues, depois de terem imigrado, alguns anos em França, este casal fixou-se definitivamente na aldeia que os viu nascer optando por se dedicarem à criação de gado bovino, na mais pura e genuína raça mirandesa. Aproveitei o tempo de férias que na aldeia passei e fui visitar o estábulo onde passei um bom bocado da tarde na cavaqueira com Diamantino. Quando cheguei andava ele a tratar da limpeza do estábulo, tirar a bosta e fazer cama nova aos animais. Depois iniciou a tarefa de dar comer aos oito vitelos que num abrir e fechar de olhos limpavam da manjedoura todo o milho que lhe havia sido colocado, nova dose de milho picado foi colocado e de igual forma desapareceu, depois uma dose mais de feno e palha para remoer pela noite fora, beberam água e assim ficaram acomodados até ao dia seguinte. Depois o nosso amigo Diamantino faz o mesmo trabalho para com os animais adultos, abre a porta para os animais entrarem, e incrível, como muito ordeiramente os animais entraram e seguiram direitinhas para o local que bem conhecem como seu. Diamantino prende uma a uma à manjedoura para que cada uma coma a dose que lhe cabe. De novo o milho é espalhado pela manjedoura, e passada cerca de meia hora os animais são soltos um a um e ordeiramente saem do estábulo em direcção ao cerrado onde pernoitam e sempre vão comendo mais qualquer coisa. Vida dura e muito presa diz Diamantino que o dia a dia deste casal é sempre igual, não chegando por vezes o dia pra se dedica à agricultura.
Apenas uma nota para as pessoas mais sensíveis sobre a linguagem proferida. Acreditem que é sincera e sem qualquer intuito de maldade. Não é maliciosa, é apenas uma linguagem de gerações proferida algures nas terras de Miranda. Obrigado.

UM PASSEIO POR LOCAIS DE CAÇARELHOS

Alguns dias atrás, publiquei algumas fotos de locais em vidio, relacionadas com algumas visisitas que fiz ao termo de Caçarelhos. Hoje, porém vou publicar mais, mas estes momentos captados em vídio, coisas que, atravês deste se movimentam e que logo que me era possível captava imagens. Pena foi, que não tenha tido o previlégio de encontrar pessoas para que podessem ficar registadas nos anais de Caçarelhos. Fiz este trablho e esta incursão pelos campos com gosto e muita alegria, e com a mesma satisfação e alegria vos ofereço esta oportunidade de reviver tal como eu locais que
já não visitava há mais de 40 anos. Um Abraço.


O "HOBBIES" DE PAI E FILHOS

Carlos Domingues, pai de dois filhos Ivo e Tiago, o Ivo agora a cumprir o tempo de tropa em Chaves, mas sempre que pode, ai vai ele até Caçarelhos para ajudar os pais na lida do campo e pastoreio, o Tiago bem mais novo estuda, mas sempre que lhe é pedida ajuda pelos pais, ai está ele sempre bem diposto e pronto para ajudar naquilo que pode! No estábulo situado a algumas entenas de metros da povoação, acolhe ovelhas, porcos, coelhos, galinhas e uma matilha de cães que são a garante vigilância e defesa do recinto, além destes serem ainda ulizados na caça.Vida dura, confidenciou Carlos Domingues que não sabe o que são apoios e muito menos estatais. embora na juventude o azar lhe tenha batido à porta com a perca de uma mão, constituiu família e tem seguido com a vida para a frente. Além de se dedicar à agricultura, e a alguns trabalhos com maquinaria pesada, tais como escavações e terraplanagens tem ainda alguns "Hobbies" que é a caça e a dedicação aos animais domésticos que guarda no estábulo. A este no estábulo fiz uma visita, onde o encontrei com os filhos a tratar da bicharada com todo o carinho. Gostei, e é um prazer partilhar este momento com todos quantos visitarem este blog.

Ando çcaçuado cula tecnologia



Se hai cousas que a mi m’agrádan ye ls abanços que l mundo ten feito na tecnologie, i demos las buoltas que dirmos, hoije l mundo nun ye nien de acerca nien de loinge l que era quando you me criei, i inda bien, muito menos quando you criei la mie rapaza (hoije cun trés dúzias d’anhos d’eidade).

Dezido doutro modo, era un atraso de bida, criei-me nun tiempo an que la tecnologie ne l que toca a garoticos nun soubo mais nada que fazer a nun ser rachar las calças ne l culo, binte i quatro anhos apuis naciu la mie nina, i anton yá las cousas stában un cachico mais guapas, yá habie uns culeiros (fraldas) panhos que se lhabában, tenien uns zenhicos, i ls ninos yá se sentian bien arrumadicos sien tener eili nas partes ua jinela a recebir l aire a to la hora, que solo serbie para botar fuora l ampesteiro que salie de las tripas.

You lhembro-me cumo se fusse hoije, lhougo nas purmeiras besitas ne l spital, pedi a ua anferneira para m’ansinar a dobrar ls culeiros, que era an trés bicos i dun jeito para l alfinete dama nun picar la barriguita, porque sabie que quando benisse para casa era ua lhida tamien mie, demudar ls culeiros quendo stubissen çúzios.

Agora stou a cuntas cul miu nieto, durante l die, ten un anho, i el ye jogos de jogar i brincar por todo l que ye sítio de to las fuormas i feitios, ende stá la tecnologie, uns cun bruido outros cun botones i luzes, bonda el carregar nun botonito i yá l parro fai cuacua, carrega noutro i yá la corneta de ls bumbeiros toca, noutro fai l música de drumir, fálan pertués i anglés (alhá benirá l tiempo de haber berciones an mirandés, inda nun ye tarde) ne l que toca a culeiros, eilhes son bien purparados para nun deixar salir nada, son assi a modos de cerrona, nun ye perciso alfinete dama, eilhes agárran (cólan) adonde un quier, i nada de ls lhabar ye para botar fuora i se possible bien debreve.

Mas miu Dius, para un saber quando percísan de ser demudados, quando el yá fizo l serbício, se nun resmungar ou fazir mala cara inda ten que ser pul cheiro.

Ye causo para dezir, porra quando ye que la tecnologie ambenta un modo de poner un alarme ou ua lhuzica que seia para un saber quando stá na hora?

Até cuido quel agradecie, porque a las bezes ls crecidos, mesmo nun gustando de l fedor, lhíban tiempo a dar por eilha.

Faustino Antão (Boubielho)

Jantar Comunitário 2011

Foi no passado dia 14 de Agosto de 2011 quereuniu a Comunidade de Caçarelhos, como já vem sendo habitual na véspera da Festa de Nossa Senhora da Ascenção. Cerca de trezentos conterrâneos responderam ao apelo feito pelo Mordomo e Anfitrião Licinio Vicente, quadjovado por tr~es excelentes cozinheiros que se esmeraram a confeccionar a ementa. Eram eles Luís Zé Ventura, Zé Domingues e António Emílio Raposo, auxiliados pelos aspirantes a cozinheiros António Machado, Emílio Veiga, Bernardina e Ana Rosa. Que se saiba correu tudo bem, ultrapassando todas as expectativas e... "cadelas" não foram vistas no local! Para que esse dia fique nos anais da história de Caçarelhos, alguém na vanguarda captou algumas imagens, que eu vou publicar neste Blog dedicado só e só a Caçarelhos e às suas gentes. Aproveitando para enaltecer a iniciativa e dar os parabéns ao organizadores e a todos os que aderiram ao evento, convidando-vos a clicar no vidio e recordem aqueles momentos. Para todos um abraço. E vão clicando que brevemente serão publicadas mais novidades.

CONVÍVIO DOS NACIDOS EM 1949

No passado dia 14 de Agosto, os(as) nascidos(as) em 1949 em Caçarelhos juntaran-se num almoço de convívio comemorativo dos 62 anos,servindo o mesmo para confraternizar e por a conversa em dia. Pena foi que não tenha sido possível juntarmo-nos todos. Para que todos possam ver, aqui deixo o momento do repastado almoço. Para todos o meu abraço.

UMA PASSAGEM POR CAÇARELHOS



Férias! Férias!
Quase 40 anos depois me foi possível deixar o rebuliço da cidade e no meio do sossego, do ar puro, passei todo o mês de Agosto, passeando pelo termo de Caçarelhos que, confesso, em alguns locais já não via há pelo menos 38 anos. Depois de durante duas semanas me dedicar aos afazeres da casa, tais como limpeza e pintura interior e exterios, reservei as últimas duas semanas para fazer algumas visitas aos campos e locais de Caçarelhos revivendo com alguma saudade os meus tempos de garoto de jolda e brincadeiras. Foi muito bom e divertido, até deu para apanhar amoras. Por instantes senti-me autentica criança! Assim, destes momentos de felicidade, captei algumas fotografias que vou partilhar em filme com todos aqueles que visitem este Blog, convidando todos a fazer uma visita, e porque não umas férias à maneira e no meio de tudo quanto é belo, com montanha, todo terreno, caça, pesca, piscina boa comida e alujamento ali à mão.

Sinos da Igreja Choraram

Dois dias seguidos, dias 24 e 25 de Agosto de 2011, os sinos da igreja de Caçarelhos a todos nos comunicaram a chorar com tristeza que Maria Rosa Mondragão e Beatriz Falcão nos haviam deixado. Duas mulheres que todos nós bem conheciamos, e que nos habituamos a ver como muito amigas de todos. Maria Rosa Mondragão subitamente Deus chamou por ela aos 82 anos sem que nada o fizesse prever, causando em todo o Caçarelhos angústia e tisteza. Beatriz Falcão ao longo dos seus 92 anos dedicou grande parte do seu tempo a fazer o bem, sempre pronta para nos por os ossos no lugar e principalmente como parteira de serviço ajudando muitos de nós no nascimento. Caçarelhos, ficou bem mais pobre com estas duas perdas. Para estas duas famílias enlutadas,endereço publicamente o mais profundo sentimento de dor, juntamente com a amizade que nos une.

CAÇARELHOS EM ALTA NO MEIO MUSICAL

Caçarelhos, está de parabéns! Surgiu mais um promissor grupo de Gaitas-de-Foles com uma gaiteira descendente de Caçarelhos, e neta do gaiteiro Joaquim Ventura, que neste momento conta com dois músicos que militam em dois grupos destintos, João Ventura "Roncos do Diabo" e Raquel Ventura "Las Çarandas". Como não podia deixar de ser, partilho neste blog este acontecimento com todos quanto se identificam com Caçarelhos, Gaitas e gaiteiros e todos aqueles que visitem este.

“LAS ÇARANDAS”
Grupo formado, há cerca de um ano, tem dado sinais de cativação e popularidade no de todos quantos as ouvem actuar, com um repertório genuíno de músicas e modas bem mirandesas. De actuação em actuação, quer desde o centro norte de Portugal e até da vizinha Espanha, Las Çarandas tem adquirido a simpatia do público que as vê e ouve, como aconteceu bem recente no prestigiado Festival “L BURRO I L GUEITEIRO 2011” que se realiza por terras de Miranda em missão itenerante, percorrendo várias aldeias do Planalto Mirandés, em que a anfitriã 2011, foi a aldeia de Picote. Las Çarandas estiveram lá e…., como era de esperar encantaram todos os presentes. Meninas, continuem com toda a vossa genica, juventude e alegria e estou certo, continuarei sempre a ser vosso fã primeiro. Bjs. José Ventura.




Maria da Glória Neto Rodrigues



Caçarelhos viu partir mais uma amiga, uma pessoa que em vida nos habituou a ver sempre bem disposta e alegre. Previlégio para alguns, que tal como eu, durante mais de 60 anos convivemos, eu criança ela adolescente, mais tarde homens e mulheres feitos, mas sempre com lembranças de convivência vizinha e de amizade. Glória todos vamos notar a tua falta, até mesmo a nossa capela de São José, onde tantas vezes a vizinhança se juntava nas noites de Verão. Que Deus te tenha junto Dele lá no céu, e que vá olhando por nós cá na terra, até que Ele queira.

Para a família enlutada,António Vaqueiro, filhas, filho, netos, irmãos e irmãs e respectivos conjuges e demais família, endereço em nome deste Blog, meu nome pessoal e toda a minha família os mais muito sinceros pêsames. José Ventura.

A FESTA DA APANHA DA BATATA




VIVÊNCIAS QUE SE NÃO ESQUECEM
De tenra idade, por ironia do destino, fui preparado para ajudar a minha família, em tempos que já lá vão, 8 de Abril de 1958 abateu-se sobre a família uma tragédia, haviam decorridos ainda poucos meses que Joaquim Ventura e Maria Pegada haviam traçado planos promissores para um futuro melhor para a família e em Novembro de 1957, juntamente com os irmãos Abílio e José Carolino, Joaquim Ventura deixa a sua terra natal Caçarelhos, e rumou a França para não mais voltar. Caíram por terra todos os planos traçados. A família e Caçarelhos, souberam da tragédia já o corpo de Joaquim Ventura havia sido sepultado. Família destroçada, Maria Pegada, “mulher de armas”, quatro filhos o mais velho com nove anos, a mais nova com 11 meses, pegou o leme da casa e transmitiu aos filhos o que era necessário fazer. E desde o estudar, lavrar, semear, cortar ou arrancar lenha para o forno, carregar um carro de lenha, etc. enfim preparou os filhos para a vida! Na altura, 40 ou 50 anos atrás, confesso que não encontrava graça nenhuma, porém hoje, guardo com recordação, saudade e alguma nostalgia o que eu e a minha irmã Maria passamos quando pelo termo do Pedriço, Salgueiras, Malhada do Curmeal, Quadro da Fontázia ou Bincosa e por ali andávamos, cortando roços, escovas ou estevas para que o forno da tia Maria Pegada não parasse de cozer o pão, pois que era o forno a subsistência da família.
Hoje, porém, lembro com saudade, mas com algum orgulho também, transmitir aos meus filhos aquilo que aprendi e que prevejo poder ainda lhe ser útil neste tempo de crise, da qual sempre ouvi falar.
Foram coisas que se aprenderam, e não é fácil esquecer, e com este espírito de alegria que mais uma vez compartilho com todos, principalmente com a geração de 40 e 50, esta actividade quase a desaparecer que é a apanha da batata (pelo menos pelos meios que nos habituamos, arado puxado a vacas, mulas ou burros).
Porém hoje é diferente existem as máquinas que já fazem tudo, e até eu, no meio onde vivo, (meio citadino) com o meu “andarilho” faço e trato da minha horta, tentando ser fiel nas plantações como o costume em Caçarelhos. A azáfama da apanha da batata durante a semana criou alguma expectativa aqui na minha vizinhança, pois que quando comentei “Sábado vou ter um dia de muito trabalho eu e família! Vamos à apanha da batata!” E claro logo bem cedinho, mas não tanto como o habitual em Caçarelhos, lá apareceram os comunitários vizinhos a dar a ajuda e o convívio bem giro como o testemunham no vídeo os dois bergantins (os únicos putos da rua) para os quais o bairro tem um carinho muito especial, pois que tal como na aldeia há poucos nascimentos. E este facto merece destaque. Eis pois a apanha do meu batatal.



Maria da Glória Neto Rodrigues

Acabo de receber a mensagem vinda de familiares da D. Maria da Glória (Caçarelhos) a comunicaro estado de saúde desta nossa amiga e conterrânea. Ao que parece o estado de saúde não é o melhor. Foi internda de Urgência em Bragança. Este blog endereça votos de melhoras, apelando para todos os conterrãneos que a tenham sempre presente nas vossas orações pedindo as melhoras para ela. Para a Gória e sua família um beijinho e muita força e fé em Deus.

Mensagem de:
Viriato Amoedo Rodrigues para ceu_aip, mim, Manuel
mostrar detalhes 16:31 (8 minutos atrás)


Caros amigos e afilhada, a vossa amiga da rua de São José, Caçarelhos, está muito doente. Porque não tem melhorado, levaram-na ás urgências e ficou internada, anteontem, em Bragança. Oxalá melhore, a esperança não se deve perder.
Um a braço .As maiores felicidades para os trés e todos os familiares.
Viriato.

CONVÍVIO DAS GENTES DE CAÇARELHOS 2011

Por um dia Caçarelhos “invadiu” o Ribatejo. Realizou-se mais um convívio das gentes de Caçarelhos, residentes na área da grande Lisboa. Este ano, e penso que pela primeira vez na história dos nossos convívios, tivemos a honra da presença do Presidente da Junta de Freguesia de Caçarelhos e ainda Emília Pires e marido e Maria da Luz Ramos que se deslocaram de propósito e a nós se juntaram no convívio. Para eles o nosso apreço e voltem sempre.
Este ano os mordomos, escolheram e muito bem as terras do Ribatejo, onde a partir da cidade de Alverca, o nome da localidade de Caçarelhos, estava presente em todos os cruzamentos, para nós nos conduziam ao local do convívio. Para outros a surpresa do aparecimento de uma nova placa indicativa de uma nova localidade ali no Ribatejo. Sim, por um dia Caçarelhos/Vimioso, passou a ser Caçarelhos do Ribatejo, ali bem na encosta da serra sobrancelha a Alverca do Ribatejo.
Houve este ano alguma inovação, a começar pelo prato tipicamente do Oeste (Porco assado no espeto), e claro que as boas sardinhas não podiam faltar e que verdade seja dita eram boas, mas saborosas como aquelas que outrora se comiam em Caçarelhos, parece-me que não haverá sabor igual.
Pois de parabéns estiveram toda a organização, as famílias Bartolomeu e Pires que a todos nos proporcionaram momentos de grande convívio, matando saudades e proporcionando por a conversa em dia
Houve também os já habituais jogos da cunca e da pedrisca e ainda a Corrida da Rosca para delírio e festa da pequenada concorrente.
E, não podia deixar de referir os dotes musicais em concertina do Óscar, que abriu o bailarico proporcionando também alguns momentos de diversão e alegria.
Para todos, depois de alguma ausência nas publicações deste Blog, volto de novo partilhando com todos os que no convívio estiveram e com todos os que por um ou outro motivo não puderam estar presentes, aqui deixo estes vídeos. Um abraço.







16 Convívio das Gentes de Caçarelhos Residentes na zona da Grande Lisboa










ENTRUDO

Numa recente deslocação a acompanhar o meu filho a Podence "Macedo de Cavaleiros" tive a honra e o previlégio de reviver com muita saudade aquele ritual que antigamente era bem querido pela mocidade de Caçarelhos. Assim, vou partilhar com os conterrâneos e todos quantos visitarem este blog momentos que estou certo irão gostar, recordando com saudade
O ENTRUDO
Entre o fim do Inverno e princípio da Primavera que aconteciam os rituais próprios do Carnaval. Rituais que ainda hoje tem grande implantação por todo o Planalto Mirandés, transportando através dos tempos, festas relacionadas com a Natureza e celebradas em honra do deus dos pastores e rebanhos. Rituais que são considerados por muitos como expurga-tórios dos demónios através do fogo, queimando em público tudo o que é velho, ligando os mascarados que nesses dias fazem judiarias a tudo e todos quantos se lhe atravessem no caminho, cometendo todos os excessos, daí a expressão popular ”é Carnaval, ninguém leva a mal”. Em terras do Planalto Mirandés, onde Caçarelhos está inserido , outrora havia dois ciclos festivos de grande significado para a mocidade (dia de Reis e Carnaval, conhecidas como festas solstíciais). Esta dava azo aos casamentos de Carnaval, e bem lá no alto da povoação, frente à igreja, de almude na mão a servir de megafone destorcendo a voz para não ser identificado, os moços mais entendidos neste ritual, faziam, daqueles namoricos escondidos de tudo e todos, ao bater da meia-noite começava então a festa de escárnio e mal dizer, turreavam-se os casamentos, noivos, dotes e padrinhos, explorando sempre pontos sensíveis das pessoas visadas, achincalhando-as com a atribuição aos respectivos noivo e noiva, padrinhos e dotes ridicularizando-os.
Esta era uma acção com características satíricas que era aproveitada nesta ocasião proporcionando a crítica e ridicularização de tudo e todos e tudo era consentido e ninguém levava a mal.
ERA ASSIM QUE A “TURREAR” SE COMEÇAVA O RITUAL DOS CASAMENTOS DE CARNAVAL
1.ª Voz - Palhas, alhas leva-as o vento!
Coro - Oh, oh, oh…
1.ª Voz – Aqui se vai formar e ordenar um casamento!
Coro - Oh, oh, oh…
1.ª Voz - E quem é que nós vamos casar?
Coro – Tu o dirás!
1.ª Voz - Há-de ser, há-de ser, a Ana ………………………….., que mora na capela!
Coro - Oh, oh, oh…
1.ª Voz - E quem é que nós havemos dar para marido?
Coro – Tu o dirás!
1.ª Voz - Há-de ser, há-de ser, o Francisco …………………., que mora na fontázia!
Coro - Oh, oh, oh…
1.ª Voz - E que nós havemos de dar de dote a ela?
Coro – Tu o dirás!
1.ª Voz - Há-de ser, há-de ser, o tear, porque ela é uma boa tecedeira!
Coro - Oh, oh, oh…
1.ª Voz - E que mais havemos de dar de dote a ele?
Coro – Tu o dirás!
1.ª Voz - Há-de ser! Há-de ser! O lameiro de Bidoledo para que não saia um de cima do outro enquanto for Inverno!
Coro - Oh, oh, oh…
Estes eram momentos considerados de escape, em que publicamente tudo e a todos era dito, sem que resultasse qualquer sanção pelas palavras, gestos ou atitudes proferidas. Pena é que este ritual tenha caído, perdendo-se uma tradição de gerações.



CAÇARELHOS TERRA DE TRADIÇÕES

Tradições da Mocidade “Juventude” de Caçarelhos
Era uma obrigação dos moços recém-casados para com os rapazes solteiros da aldeia, e era pago, sensivelmente, entre os 15 e 30 dias após o casamento, nele apenas podiam participar os maiores de 20 anos, de chapéu, casaco e colarinho apertado, salvo quando o Sr. Juiz, excepcionalmente, decidisse em contrário.
Dos actos e da disciplina e da disciplina do Paga-Vinho

O Paga-Vinho era presidido pelo “Juiz” da mocidade (eleito para presidir aos destinos da Mocidade “Juventude” pelo período de um ano) a quem competia dirigir os trabalhos do acto, e zelar pela disciplina e comportamento rigoroso dos participantes
1.O Sr. Juiz era assessorado por um Secretário e um Tesoureiro, (eleitos nos mesmos termos do número anterior), bem como por dois “escabeciantes”, competindo a estes a distribuição do vinho e dos cigarros.
2.A fim de dar início ao Paga–Vinho, e para que os participantes se pudessem preparar cuidadosamente, o Sr. Juiz batia as palmas por três vezes, com intervalos de cerca de um minuto.
3.À terceira e última série de palmas, todos os participantes no acto formavam em círculo à volta da “caixa”, do “bombo”, do vinho, do tabaco e do noivo, e deveriam ficar em posição de sentido, de chapéu na cabeça, casaco e colarinho devidamente apertados.
4.Depois do córrio “circulo” formado, apenas podiam entrar nele quem fosse autorizado pelo Juiz, a quem havia que pedir sempre autorização, nos termos seguintes: -- Dá-me licença Sr. Juiz que entre no córrio?.
5.Ao centro do referido córrio ficavam o Sr. Juiz, ladeado pelos Secretário e Tesoureiro, e dali dirigia os trabalhos. Os participantes apenas se podiam dirigir ao Juiz em caso de justificada necessidade, usando sempre o mais rigoroso respeito e obediência proferindo: -- Dá-me licença Sr. Juiz?
6.O Sr. Juiz nomeava então dois “escabeciantes”, de entre os participantes no acto, a quem incumbia a distribuição do vinho e dos cigarros.
7.De seguida, o Sr. Juiz percorria o córreo pela parte de dentro e nomeava (segredando-lhe ao ouvido) as três espias, a quem incumbia a observação do comportamento dos participantes, para efeitos de aplicação e pagamento de multas aos prevaricadores, as quais constituíam receitas para a Mocidade.
8.O montante das multas, era ditado pelo Sr. Juiz no início da sessão, depois de deliberar com o Secretário e o Tesoureiro.
9.O Sr. Juiz, ordenava aos “escabeciantes”, já munidos de uma caneca e um copo, para dar início à distribuição do vinho.
10.Antes de darem início à distribuição, os “escabeciantes”, pediam licença ao Sr. Juiz, nos termos seguintes: -- Dá licença Sr. Juiz que dê início à distribuição do vinho?
11.Nesta primeira distribuição, os participantes não podiam beber, mas apenas tocar com os lábios no copo; para o efeito, tiravam o chapéu deslocando-o até ao joelho e, antes de tocar nos lábios com o copo, davam a saudação dos noivos, nos termos seguintes: -- “À saúde do noivo e da noiva e da mais comunidade toda!”
12.Todos os procedimentos eram repetidos e aplicados à distribuição dos cigarros.
13.Findas estas duas rodadas, o Sr. Juiz interpelava os “espias” para denunciarem as infracções que tivessem presenciado. A cada infracção caberia uma multa, que devia ser paga de imediato.
14.A seguir o Sr. Juiz mandava destroçar o “córrio” para intervalo.
15. Volvidos cerca de dez minutos repetiam-se todos os procedimentos anteriores, sendo que, agora, na rodada do vinho, os participantes já podiam beber.
16.Findo o acto, o Sr. Juiz mandava destroçar, sendo que de tudo seria lavrada uma acta no Livro da Mocidade.
NB: A Administração deste Blog agradece a cedência de direitos de autor deste documento a César Augusto Magalhães João (Ex-Juiz da Mocidade de Caçarelhos).
E para que conste na história de Caçarelhos e perdure para as gerações vindouras faço esta publicação. José Ventura.

Convivio das Gentes de Caçarelhos na Quinta da Atalaia - Seixal

Era assim a festa que a mocidade da aldeia fazia quando um jovem deixava a vida de solteiro e passava para a vida mais responsável com o casamento. era assim que depois da lua de mel, os jovens recém casados faziam a despedida de solteiros em convívio com a mocidade da aldeia. Era o paga vinho dos noivos. Os rapazes faziam o córreo e dentro de uma diciplina rigorosa observada pelo Juíz (eleito por sufrágio da própria mocidade). As raparigas, brindavam a noiva com a corrida da rosca. (aguarda-se pormenores veridicos e historicos desta tradição, que será publicada logo que desponível).



Festa Sr.ª da Assunção 2000 Homenagem aos Mordomos

Desta vez lembrei-me de conduzir todos aqueles que cliquem neste Blog, bem como todos aqueles que são, ou se identificam com Caçarelhos, e me acompanhem em mais um motivo de recordação e saudade do que se passou em Caçarelhos no dia 20 de Agosto de 2000. Eram os mordomos da festa da Srª da Assunção o casal Sr. António Alberto Rodrigues e D. Claudina Mondragão. Foram eles que volvidos trinta e cinco anos proporcionaram a toda a aldeia momentos de muita saudade e algumas lágrimas nos rostos de muita gente de Caçarelhos, que, naqueles momentos lembraram Joaquim Ventura, aquele que outrora era acarinhado pela mocidade dos anos trinta e que a ele recorria para tocar a gaita juntamente com Fulgêncio, Manuel Baptista na caixa e bombo e por vezes Horácio e Armando Vicente, nos dias de festa, ou aos Domingos na Olmeda! Pois foi este casal de mordomos que perguntaram se haveria possibilidade do neto de Joaquim Ventura (na altura com apenas 11 anos) seria capaz de tocar a alvorada para a festa de que eram mordomos. Acreditem que fiquei sensibilizado, transmiti o convite ao "Puto" e aconteceu o que vos proponho ver nos vidios que aqui publico. O "Puto" fazendo trio com Armando Vicente e António Cordeiro deram tudo para que fosse do agrado de Caçarelhos, e na minha modesta opinião a prova foi superada. Desta forma quero homenagear publicamente o esforço e dedicação dos mordomos António e Claudina, bem como, o trio de gaiteiros e todos aqueles que gostam e amam Caçarelhos.


De entre muitas, esta foi e será sempre a "RIQUEZA DE CAÇARELHOS"

A identidade cultural de um povo, é a sua verdadeira riqueza, e traduz-se pela sua capacidade de preservação das tradições regionais e pelo interesse que as suas gerações mais jovens tem em respeitar e absorverem todo o manancial de memórias que lhes foram transmitidas por todos aqueles que os precederam na passagem do testemunho entre gerações. As tradições culturais e musicais de Caçarelhos passam necessàriamente pela Gaita-de-Foles, Folclore e Danças Mistas instrumentos que tem aqui nesta aldeia uma rusticidade única e que a Juventude local tem legitimidade para preservar.



Lembranças de uma Festa de São Sebastião

São já decorridos alguns anos, mas não é por isso que se torna menos importante. Este é um trabalho que ao longo de cerca de vinte anos tenho vindo a desenvolver, com o intuito de ir trazendo à lembrança momentos de rara beleza para todos os que um dia estiveram em determinado local e nunca fizeram a mais pequena edeia de que alguém andava guardando algo que um dia seria album de recordações! Perdoem-me as famílias daqueles que já não estão entre nós, mas com certeza que ao vê-los serão invadidos pela saudade, mas que nesse momento nos tranmitirão alegria e gratas recordações. Foi esta a decisão que tomei quando publiquei este espaço que tento preencher com recordações de Caçarelhos. Um abraço para todos quantos como eu gostam da terra que nos viu nascer.

Caçarelhos "Sons e Ruralidades" e "L Burro I L Gaiteiro"

Dando continuidade ao que propus quando do lançameno deste BLOG, vou tentar chegar a todos os que vivem, tal como eu as lembraças da aldeia que nos viu nascer e que de uma ou outra maneira espalhou sementes por todo o país e estrangeiro que nos trouxe nova gente que aos poucos e cada vez mais as nossas famílias nas festividades voltam e matam saudades. É neste espírito que publico algumas fotografia em filme das nossas gentes, que aconteceu em Caçarelhos e que estou certo, todos quantos clicarem neste espaço verão, família, amigos, igreja, capelas, enfim, vêem um pouco de Caçarelhos. Continuo receptivo a todos para divulgar as vossa fotos, filmes e tudo quanto nos diga e identifique a nossa terra. Um abraço.

IMAGENS DE CAÇARELHOS

Na perspectiva de fazer um album de recordações das gentes, fauna e flora e tudo o que nos diga recordações e saudades, lanço a todos quantos queiram colaborar nesta iniciativa, para se juntarem a este blog enviando as fotos que acharem para serem publicadas em filme atravês deste blog que, quero de todos e para todos. Este filme que acabo de publicar, serve apenas paraexperiência. Um abraço para todos. José Ventura

Casal Raposo


Casal carismático de Caçarelhos, Maria Rosa e Luís Raposo, casal que as gerações a partir dos anos trinta se habituaram a ver diáriamente como sempre o "Regedor". Já lá vão uns bons pares de anos, mas foi, é e será sempre o Regedor, aquele pessoa que pelo cargo que ocupava merecia de toda a povoação o respeito. Aquele que aos Domingos, colava com uma pedra picando sobre os comunicados ou outros papeis de alerta e interesse público vindos das finanças ou outros departamentos, sobre os pedestais laterais à entrada da Igreja, não havia cola na altura, e muito menos as vitrinas que vemos hoje no adro. É esta a imagem que sempre pairou na minha cabeça e possìvelmente na de tantas outras pessoas de Caçarelhos que como eu desde criança conhecemos. Este fotografia, tirada em Agosto de 2007, quando o casal espreitava a passagem dos gaiteiros na festa de Nossa Senhora da Ascenção. Tia Maria e tio Regedor, aceite esta minha simples mas amiga homenagem. Um abraço e que a boa saúde nos acompanhe.

Festival "Geada 2010"

Caçarelhos continua a fazer gaiteiros! Surge mais um grupo de gaitas-de-foles! Depois de passados quarenta anos sem gaiteiro, eis que Caçarelhos neste momento contribui para a divulgação e música da Gaita-de-Foles, fazendo-se representar com dois gaiteiros com raizes bem genuinas. Um neto e uma neta de Joaquim Ventura, estão a dar continuidade, acabando assim com o silêncio de quarenta anos da gaita-de-foles. O neto João Ventura, completamente integrado no meio musical, despertou o interesse demonstrado também pela prima Raquel Ventura, também neta do mestre gaiteiro Joaquim, e no Festival "Geada 2010" actuaram em simultâneo os dois Grupos "Roncos do Diabo" e "Las Çarandas" este na sua primeira apresentação em público, também mereceu os aplausos do público presnte. O Grupo "Roncos do Diabo" mereceu destaque através da Rádio RBA no programa do tio João e entre as 6.30 e as 8.00 horas, o tio João em entrevista apadrinhou o grupo "Roncos do Diabo" que ao vivo, dentro do estúdio tocaram e encantaram o tio João e os muitos ouvintes, fieis àquele popular programa.
E como não podia deixar de ser, deixo-vos com os vídios referentes ao descrito.

Grupo "As Çarandas"



Grupo "Roncos do Diabo" e Programa "Tio João" 30/12/2010