CAÇARELHOS RURAL

Com cerca de vinte vacas, um boi e alguns vitelos provenientes da criação própria no estábulo, Diamantino Alves e Esposa Assunção Domingues, depois de terem imigrado, alguns anos em França, este casal fixou-se definitivamente na aldeia que os viu nascer optando por se dedicarem à criação de gado bovino, na mais pura e genuína raça mirandesa. Aproveitei o tempo de férias que na aldeia passei e fui visitar o estábulo onde passei um bom bocado da tarde na cavaqueira com Diamantino. Quando cheguei andava ele a tratar da limpeza do estábulo, tirar a bosta e fazer cama nova aos animais. Depois iniciou a tarefa de dar comer aos oito vitelos que num abrir e fechar de olhos limpavam da manjedoura todo o milho que lhe havia sido colocado, nova dose de milho picado foi colocado e de igual forma desapareceu, depois uma dose mais de feno e palha para remoer pela noite fora, beberam água e assim ficaram acomodados até ao dia seguinte. Depois o nosso amigo Diamantino faz o mesmo trabalho para com os animais adultos, abre a porta para os animais entrarem, e incrível, como muito ordeiramente os animais entraram e seguiram direitinhas para o local que bem conhecem como seu. Diamantino prende uma a uma à manjedoura para que cada uma coma a dose que lhe cabe. De novo o milho é espalhado pela manjedoura, e passada cerca de meia hora os animais são soltos um a um e ordeiramente saem do estábulo em direcção ao cerrado onde pernoitam e sempre vão comendo mais qualquer coisa. Vida dura e muito presa diz Diamantino que o dia a dia deste casal é sempre igual, não chegando por vezes o dia pra se dedica à agricultura.
Apenas uma nota para as pessoas mais sensíveis sobre a linguagem proferida. Acreditem que é sincera e sem qualquer intuito de maldade. Não é maliciosa, é apenas uma linguagem de gerações proferida algures nas terras de Miranda. Obrigado.

UM PASSEIO POR LOCAIS DE CAÇARELHOS

Alguns dias atrás, publiquei algumas fotos de locais em vidio, relacionadas com algumas visisitas que fiz ao termo de Caçarelhos. Hoje, porém vou publicar mais, mas estes momentos captados em vídio, coisas que, atravês deste se movimentam e que logo que me era possível captava imagens. Pena foi, que não tenha tido o previlégio de encontrar pessoas para que podessem ficar registadas nos anais de Caçarelhos. Fiz este trablho e esta incursão pelos campos com gosto e muita alegria, e com a mesma satisfação e alegria vos ofereço esta oportunidade de reviver tal como eu locais que
já não visitava há mais de 40 anos. Um Abraço.


O "HOBBIES" DE PAI E FILHOS

Carlos Domingues, pai de dois filhos Ivo e Tiago, o Ivo agora a cumprir o tempo de tropa em Chaves, mas sempre que pode, ai vai ele até Caçarelhos para ajudar os pais na lida do campo e pastoreio, o Tiago bem mais novo estuda, mas sempre que lhe é pedida ajuda pelos pais, ai está ele sempre bem diposto e pronto para ajudar naquilo que pode! No estábulo situado a algumas entenas de metros da povoação, acolhe ovelhas, porcos, coelhos, galinhas e uma matilha de cães que são a garante vigilância e defesa do recinto, além destes serem ainda ulizados na caça.Vida dura, confidenciou Carlos Domingues que não sabe o que são apoios e muito menos estatais. embora na juventude o azar lhe tenha batido à porta com a perca de uma mão, constituiu família e tem seguido com a vida para a frente. Além de se dedicar à agricultura, e a alguns trabalhos com maquinaria pesada, tais como escavações e terraplanagens tem ainda alguns "Hobbies" que é a caça e a dedicação aos animais domésticos que guarda no estábulo. A este no estábulo fiz uma visita, onde o encontrei com os filhos a tratar da bicharada com todo o carinho. Gostei, e é um prazer partilhar este momento com todos quantos visitarem este blog.

Ando çcaçuado cula tecnologia



Se hai cousas que a mi m’agrádan ye ls abanços que l mundo ten feito na tecnologie, i demos las buoltas que dirmos, hoije l mundo nun ye nien de acerca nien de loinge l que era quando you me criei, i inda bien, muito menos quando you criei la mie rapaza (hoije cun trés dúzias d’anhos d’eidade).

Dezido doutro modo, era un atraso de bida, criei-me nun tiempo an que la tecnologie ne l que toca a garoticos nun soubo mais nada que fazer a nun ser rachar las calças ne l culo, binte i quatro anhos apuis naciu la mie nina, i anton yá las cousas stában un cachico mais guapas, yá habie uns culeiros (fraldas) panhos que se lhabában, tenien uns zenhicos, i ls ninos yá se sentian bien arrumadicos sien tener eili nas partes ua jinela a recebir l aire a to la hora, que solo serbie para botar fuora l ampesteiro que salie de las tripas.

You lhembro-me cumo se fusse hoije, lhougo nas purmeiras besitas ne l spital, pedi a ua anferneira para m’ansinar a dobrar ls culeiros, que era an trés bicos i dun jeito para l alfinete dama nun picar la barriguita, porque sabie que quando benisse para casa era ua lhida tamien mie, demudar ls culeiros quendo stubissen çúzios.

Agora stou a cuntas cul miu nieto, durante l die, ten un anho, i el ye jogos de jogar i brincar por todo l que ye sítio de to las fuormas i feitios, ende stá la tecnologie, uns cun bruido outros cun botones i luzes, bonda el carregar nun botonito i yá l parro fai cuacua, carrega noutro i yá la corneta de ls bumbeiros toca, noutro fai l música de drumir, fálan pertués i anglés (alhá benirá l tiempo de haber berciones an mirandés, inda nun ye tarde) ne l que toca a culeiros, eilhes son bien purparados para nun deixar salir nada, son assi a modos de cerrona, nun ye perciso alfinete dama, eilhes agárran (cólan) adonde un quier, i nada de ls lhabar ye para botar fuora i se possible bien debreve.

Mas miu Dius, para un saber quando percísan de ser demudados, quando el yá fizo l serbício, se nun resmungar ou fazir mala cara inda ten que ser pul cheiro.

Ye causo para dezir, porra quando ye que la tecnologie ambenta un modo de poner un alarme ou ua lhuzica que seia para un saber quando stá na hora?

Até cuido quel agradecie, porque a las bezes ls crecidos, mesmo nun gustando de l fedor, lhíban tiempo a dar por eilha.

Faustino Antão (Boubielho)

Jantar Comunitário 2011

Foi no passado dia 14 de Agosto de 2011 quereuniu a Comunidade de Caçarelhos, como já vem sendo habitual na véspera da Festa de Nossa Senhora da Ascenção. Cerca de trezentos conterrâneos responderam ao apelo feito pelo Mordomo e Anfitrião Licinio Vicente, quadjovado por tr~es excelentes cozinheiros que se esmeraram a confeccionar a ementa. Eram eles Luís Zé Ventura, Zé Domingues e António Emílio Raposo, auxiliados pelos aspirantes a cozinheiros António Machado, Emílio Veiga, Bernardina e Ana Rosa. Que se saiba correu tudo bem, ultrapassando todas as expectativas e... "cadelas" não foram vistas no local! Para que esse dia fique nos anais da história de Caçarelhos, alguém na vanguarda captou algumas imagens, que eu vou publicar neste Blog dedicado só e só a Caçarelhos e às suas gentes. Aproveitando para enaltecer a iniciativa e dar os parabéns ao organizadores e a todos os que aderiram ao evento, convidando-vos a clicar no vidio e recordem aqueles momentos. Para todos um abraço. E vão clicando que brevemente serão publicadas mais novidades.

CONVÍVIO DOS NACIDOS EM 1949

No passado dia 14 de Agosto, os(as) nascidos(as) em 1949 em Caçarelhos juntaran-se num almoço de convívio comemorativo dos 62 anos,servindo o mesmo para confraternizar e por a conversa em dia. Pena foi que não tenha sido possível juntarmo-nos todos. Para que todos possam ver, aqui deixo o momento do repastado almoço. Para todos o meu abraço.

UMA PASSAGEM POR CAÇARELHOS



Férias! Férias!
Quase 40 anos depois me foi possível deixar o rebuliço da cidade e no meio do sossego, do ar puro, passei todo o mês de Agosto, passeando pelo termo de Caçarelhos que, confesso, em alguns locais já não via há pelo menos 38 anos. Depois de durante duas semanas me dedicar aos afazeres da casa, tais como limpeza e pintura interior e exterios, reservei as últimas duas semanas para fazer algumas visitas aos campos e locais de Caçarelhos revivendo com alguma saudade os meus tempos de garoto de jolda e brincadeiras. Foi muito bom e divertido, até deu para apanhar amoras. Por instantes senti-me autentica criança! Assim, destes momentos de felicidade, captei algumas fotografias que vou partilhar em filme com todos aqueles que visitem este Blog, convidando todos a fazer uma visita, e porque não umas férias à maneira e no meio de tudo quanto é belo, com montanha, todo terreno, caça, pesca, piscina boa comida e alujamento ali à mão.