Maria da Glória Neto Rodrigues, partiste, mas estou certo ficarás sempre presente na memória de todos nós. Esta foto, ainda em vida será sempre o símbolo da tua imagem sentada no puial, (banco) e que perpetuará por todos os que de perto te conheceram.e sentados neste mesmo puial lembrava-mos coisas da nossa vizinhança..
FAMÍLIA VENTURA RESIDENTE NA ARGENTINA VISITOU CAÇARELHOS
Família Ventura residente hà cerca de 60 anosem Buenos Aires visitou Caçarelhos para conhecer familiares que de todo eramos desconhecidos. Motivo de alegria e satisfação para para uma famlia que se deconhecia.
AS NOSSAS CANTADEIRAS
Duas mulheres carismáticas de Caçarelhos, das quais sempre me lembro
desde garoto da escola. De volta dos meus arquivos de inúmeros vídeos e
fotografias encontrei esta relíquia à qual não resisti a publicar,
partilhando assim neste blog com todos quantos se identificam com a
nossa querida aldeia. Para elas, Adélia Garcia e Maria Augusta Falcão
um beijinho ,e que Deus lhes dê muita saúde para conservar aquelas vozes
tão jovens.. José Ventura
O DIA A DIA DE UM AGRICULTOR, CRIADOR DE GADO BOVINO DA FAMOSA “RAÇA MIRANDESA”
O DIA A DIA DE UM AGRICULTOR, CRIADOR DE GADO BOVINO DA FAMOSA
“RAÇA MIRANDESA”
Seis,
sete horas da matina! Ala que se faz tarde! Esta é a preocupação constante que
acompanha Arlindo Formariz, agricultor e produtor de gado bovino de raça
mirandesa à qual dedica toda a sua vida, carrega ainda a sempre árdua duma
presidência, a Presidência da Associação de Produtores de Carne Mirandesa.
No gozo
das minhas férias tive o privilégio de perto o acompanhar na lida que é diária.
Bem cedo, ainda a claridade era ténue, cerca das seis horas da matina, para
fugir ao sol abrasador, tudo está pronto para a árdua tarefa da apanha das
batatas, tudo preparado ao pormenor. A batata não quer técnicas evoluídas, quer
a secular técnica. O burrico, a vaquita ou a mula! Desta vez a exceção
sobrepôs-se e o cavalito “chico” ainda novato naquelas lides, foram necessárias
duas pessoas para que o cavalito cumprisse o exigido.
Arlindo
segura a rabiça do bonito arado rachado feito a preceito e à medida do “chico”,
o filho Paulo segura pela rédea e cabeçada e indica o
suco por onde o “chico” deve seguir, e lá vão eles, suco sim suco não "sulco ou rego", ao mesmo
tempo que Paulo vai acarinhando o novato “chico” que se esmerou por cumprir o
que lhe era exigido.
Ao fim
das cerca de duas horas os cerca de uma dúzia de apanhadores e apanhadeiras que
apanharam uns bons quilitos que encheu um atrelado "reboque" de trator de bonita e
graúda batata.
Recolhidas
as batatas em casa, previamente escolhidas (selecionadas) para comer, semear e
ou para os animais, nada se deita fora.
Seguiu-se
uma pequena pausa. Eram dez horas da manhã e de novo o Ala! Que se faz tarde. É
necessário alimentar os animais. São cerca de cento e quarenta cabeças de gado
bovino da “Raça Mirandesa” o tempo não para e a machada de outrora é
substituída por motosserra e Arlindo de motosserra em punho sobe aos freixos
cortando três ou quatro ramos em cada Árvore, ficando assim espalhados pelo
lameiro onde os animais passam parte do dia comendo aquela natural e soco lenta
folhagem.
Meio dia,
são horas de almoço, Alindo e esposa
Arlete, filhos Paulo e Gil, abandonam o estábulo e vão até casa, enquanto
Arlete trata da confeção do almoço,
Arlindo, dá uma escapadinha até ao café, toma uma bebida “aperitivo” dá uma de
conversa com os amigos e regressa a casa à procura de almoço. Depois deste “dorme
a correr” uma pequena sesta.
São
dezasseis horas, de novo o Ala! que se faz tarde, é necessário voltar ao
estábulo para ver se os animais estão bem! Porém, é obrigatória nova passagem
pelo café, e de novo meia de conversa, mais um cafezinho ou outra bebida e lá
vai Arlindo e os filhos Paulo e Gil a caminho dos animais que os esperam.
De novo a
azáfama de voltar a dar de comer ao gado, comida esta, previamente ceifada na
horta no dia anterior e transportada para o estábulo acondicionada da melhor
forma. “Fazendo querer aos animais” que estão a comer verdura retirada por eles
próprios da terra, esta engenhosa manobra consiste em distribuir por uma vasta
zona de lavrado uma porção considerável
de milho (planta) ou erva forragem, que os animais ao serem soltos e
encaminhados para o local se apressam a dizimar aquela verdura previamente
colocada. Este dedicado trabalho é feito pelo Arlindo e filhos Paulo e Gil, sempre debaixo do olhar
atento do ancião pai e avô Sr. José Abílio Formariz que, à sombra dum carvalho,
bem lá no alto, sentado na fraga, apoiado nas duas moletas, observa com muita
saudade e ternura todos os movimentos do filho, netos e animais. Adivinhando eu
o pensamento dele! (Bem diferente do meu tempo 40/50 anos atrás). Cai a noite!
Gado acomodado, este recolhe ao estábulo, onde pernoitam comendo o que na
manjedoura lhe foi colocado, palha de trigo, centeio ou aveia até ao dia
seguinte que continuará a mesma azáfama do dia à dia.
Para toda
esta família de Caçarelhos, Sr. José
Abílio Formariz e esposa Isabel Mondragão, Arlindo Formariz esposa
Arlete, filhos Paulo e Gil formulo votos de saúde, muitos anos de vida, e tudo
de bom. Pedindo desculpa por este meu abuso e invasão da vossa privacidade,
reconhecendo eu que é de toda a justiça esta homenagem para todos vocês. Um
Abraço.
José Ventura
CAÇARELHOS 2012 "Almoço Convívio"
Publicado por
José Ventura
on terça-feira, 14 de agosto de 2012
Etiquetas:
Caçarelhos Almoçou e conviveu
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Seguindo as pegadas de anos anteriores, Caçarelhos reuniu mais uma vez os seus filhos em almoço convívio no passado dia 12 de Agosto. A organização deste evento coube à Comissão de Festas de Santa Luzia, que presenteou todos com um repasto requintado e muito animado ao som de Gaita-de-Foles e Grupo de Pauliteiros de Duas Igrejas. Para estes e para a Comissão de Festas em meu nome, e penso que também de todos os presentes um muito obrigado pelo empenho, esforço e dedicação, por nos terem proporcionado aquela tarde de puro convívio, onde se mataram algumas saudades.
LAS ÇARANDAS
Como não podia deixar passar em branco este acontecimento com notícia em Telejornal de TVI de 08 de Agosto de 2012 deixo para todos quantos visitam este blog e lhes não foi possível ver na hora este vídeo do referido Telejornal que a partir do minuto 28' 49" ao 30' 47" faz referência ao grupo de Gaiteiras "LAS ÇARANDAS" que de alguma forma estão ligadas a Caçarelhos.
http://www.tvi.iol.pt/programa/30/videos/128740/video/13678698
http://www.tvi.iol.pt/programa/30/videos/128740/video/13678698
A APANHA DA BATATA:
Caminhamos a passos largos, para que os nossos filhos com futuro incerto, deixem o litoral e os grandes centros urbanos e procurem no interior, aquilo que os grandes centros urbanos já não conseguem oferecer dado ter saturado. Precisamente o inverso que aconteceu connosco e nossos pais há cerca de 50/60 anos, são ciclos da vida que de tantos em tanto anos, nos envolvem em guerras e miséria. O saber não ocupa lugar e o futuro não se nos apresenta risonho, mas será certamente preocupante o futuro de nossos filhos e netos, nas cidades actualmente torna-se difícil viver, se tivermos em conta de que os salários estão cada vez mais estrangulados, desemprego a aumentar cada vez mais, custo de vida sobe galopante, tudo tem que ser adquirido a pago desde o simples ramo de salsa até ás batatas. A a nossa juventude não tem saída viável! A alguns resta-lhe a rua, a fome a miséria, a outros a porta de saída será certamente regressar às terras de origem dos pais onde, possivelmente terão outras opções e até melhores condições de vida e livres do stress diário da urbe citadina. As gerações 40/70 sofreram na pele as agruras da agricultura, ainda crianças acompanhavam os pais nas lidas da horta observando como era a realidade, mesmo criança, mas já davam ajuda preciosa, indicando quando a água chegava à ponta do suco no tempo da rega da horta! Hoje este facto seria qualificado como exploração infantil! No que me toca a horta não deixava passar fome e estes ensinamentos do dia a dia fizeram dessa geração pessoas capazes de enfrentar as mais adversas situações, nunca se desprendera das vivências da infância, transportando sempre para a cidade.algo que traduz em alegria, saudade e por vezes alguma melancolia.
Decorridos quarenta anos, a horta sempre sempre me me acompanhou e, verdade seja dita, é a alegria do bairro. e com esta alegria que foi a apanha da batata que partilho com todos quantos visitarem este Blog, homenageando todos os de Caçarelhos que se dedicam à agricultura. José Ventura.
Caminhamos a passos largos, para que os nossos filhos com futuro incerto, deixem o litoral e os grandes centros urbanos e procurem no interior, aquilo que os grandes centros urbanos já não conseguem oferecer dado ter saturado. Precisamente o inverso que aconteceu connosco e nossos pais há cerca de 50/60 anos, são ciclos da vida que de tantos em tanto anos, nos envolvem em guerras e miséria. O saber não ocupa lugar e o futuro não se nos apresenta risonho, mas será certamente preocupante o futuro de nossos filhos e netos, nas cidades actualmente torna-se difícil viver, se tivermos em conta de que os salários estão cada vez mais estrangulados, desemprego a aumentar cada vez mais, custo de vida sobe galopante, tudo tem que ser adquirido a pago desde o simples ramo de salsa até ás batatas. A a nossa juventude não tem saída viável! A alguns resta-lhe a rua, a fome a miséria, a outros a porta de saída será certamente regressar às terras de origem dos pais onde, possivelmente terão outras opções e até melhores condições de vida e livres do stress diário da urbe citadina. As gerações 40/70 sofreram na pele as agruras da agricultura, ainda crianças acompanhavam os pais nas lidas da horta observando como era a realidade, mesmo criança, mas já davam ajuda preciosa, indicando quando a água chegava à ponta do suco no tempo da rega da horta! Hoje este facto seria qualificado como exploração infantil! No que me toca a horta não deixava passar fome e estes ensinamentos do dia a dia fizeram dessa geração pessoas capazes de enfrentar as mais adversas situações, nunca se desprendera das vivências da infância, transportando sempre para a cidade.algo que traduz em alegria, saudade e por vezes alguma melancolia.
Decorridos quarenta anos, a horta sempre sempre me me acompanhou e, verdade seja dita, é a alegria do bairro. e com esta alegria que foi a apanha da batata que partilho com todos quantos visitarem este Blog, homenageando todos os de Caçarelhos que se dedicam à agricultura. José Ventura.